quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Acorda...



Acorda,
Para a realidade que nos alcança
Num subtil amanhecer,
Rompendo as amarras invisíveis
De quem se recusa a sonhar.
Saboreia as lágrimas cruas
Que a paixão negou sentir,
Eliminando a distância
No sorriso proibido do ousar.
Sente a tristeza que se afoga na dor
E o grito de desespero
Que acorda a inquietude
Percorrendo o mundo
Sem temor ou medo…
Acorda o sonho que
Desponta na noite austera,
O pensamento que viaja
Libertando o adeus que se afasta,
A alegria que penetra na escuridão,
Que se abraça e se partilha,
A mágoa que se esconde e enterra
Que vive na penumbra,
Na ferida que não sara.
Acorda o herói e o vilão que
Navegam sem rumo ou destino,
Buscando a verdade
Nas vicissitudes da ilusão…
Acorda o amor que
Oblitera a razão,
E nos faz sentir vivos
Na loucura que nos consome...
Acorda a esperança
Que ilumina o degredo,
Dissipa o nevoeiro
Que adormece o sentimento
E rasga o cativeiro
Que nos roubou a alma.
Acorda…