quarta-feira, 21 de julho de 2010

Crepúsculo



A lua serena
Inunda-me os sentidos
Envolvendo-me num
Estreito abraço
Que perdura além
Do toque de pele
Num momento surreal.
Alcançam-me
Vozes e sussurros
Que vagueiam ao longe,
E eu digo que sim
Sem convicção,
Mas sinto-me 
Encarcerada no tempo,
Algures num plano
Indistinto que
Me capturou
Num perpétuo acordar.
As palavras sucedem-se,
Frases desconexas
De quem teme acreditar,
Pensamentos que se prolongam
Num fio desordenado...
E a mim, parece-me
Que a madrugada
Tarda em chegar
Neste sonho ambíguo
Em que os corvos voam
Num crepúsculo eterno...

2 comentários:

Ruela disse...

Muito belo!





;)

Frankie disse...

Belo :)

É bom ter-te de volta, e que melhor regresso do que aquele que é feito sob o símbolo da lua? :)