segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Desnuda


As folhas das árvores
Pintadas de vermelho
Choram com o céu,
O Inverno aproxima-se
Com um suspiro gelado,
Que despe a realidade
De certezas,
Deixando inquieto
O sono dormente
Que se apodera
Do tempo vazio.
As árvores desnudas
Expostas à intempérie
Aguardam silenciosas
O porvir sedento
De vida, numa litania
Muda, expectante,
Pejada de imagens
Que se sucedem,
Ambíguas, carentes,
Sequiosas do calor
De um reencontro.

1 comentário:

Nilson Barcelli disse...

Gostei imenso do teu poema. E da foto também, adequada às tuas palavras.
Querida amiga, desejo que tenhas um Natal muito Feliz, extensivo aos que te são mais queridos.
Beijo.