domingo, 20 de janeiro de 2013

Chama



Consumo-me numa chama ardente que se insinua, distraída, acariciando-me os sonhos nus com o seu véu transparente, pejado de mistério.

O crepúsculo abraça-me, numa dança voluptuosa, as gotas de chuva escorrem na pele provocando arrepios, enquanto te sinto à minha volta, fazendo o teu  riso ecoar no silêncio e o meu coração pulsar num compasso desenfreado...

A respiração entrecortada faz-se ouvir na noite, ofegante, livre, cuja memória se perpetua além do tempo e da vida, num amplexo pleno de desejo.


Sem comentários: