domingo, 17 de março de 2013

Face Oculta


A ponte permeia os mundos,
O rio une margens opostas
E nele mergulho, nos sonhos doces
Que despertam todas as noites
Quando a escuridão me seduz.

Não preciso que me recordem
Da luz que emana do core
Incandescente, que me conduz
Por entre a teia da vida, arte
Que perpassa ante mim.

Toco a face oculta do amor
Subjugada com a distância
Ausente do firmamento, prestes
A aquiescer ao desejo cru e
Inequívoco que ordena.

As cortinas púrpura do palco
Adejam languidamente,
Enquanto os holofotes renascem
Intermitentes, das trevas.
Eis-te, ao meu lado.

2 comentários:

Nilson Barcelli disse...

A excelência da tua poesia está bem patente neste poema.
Talento poético não te falta.
Estou rendido ao encanto da tua poesia.
Minha querida amiga, tem uma boa semana.
Beijo.

Renan Caíque disse...

Eis um poema maravilhoso! Tu escreves inefavelmente...