quarta-feira, 22 de junho de 2011

Imortal



O fogo alastra
Na fúria que queima
Por dentro
Entranha-se imortal
Na avidez
Do querer

As ondas do mar
Não acalmam
O incêndio
Que alastra
Confundindo
Os sentidos

Inocente e frágil
Sorri melancólico
O coração 
Deslumbrado
Pelo seu reflexo
Etéreo

As faúlhas cantam
E dançam
Num ritmo vetusto
E ousado
Envolvendo
Estrelas e mar

Sem saber como
O corpo responde
Ao chamamento
Numa ânsia
Do calor
Prometido

Deleito-me com
A música que 
Acaricia
Mergulho no abismo
Esquecendo
O mundo em redor

Qual o destino dos
Que despertaram
Na magia do viver?

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Scars



Open your eyes and
See me with your heart,
See beyond the scars
That torn me apart.

See beyond the reflections
Broken in a thousand shards,
See my wanderer soul
Waiting for you in the dark…

Open your eyes and
Dream of my true self,
When life becomes the goal
Love unleashes itself.

Dream of what we are
And of what we might become
Dream of the forgotten past
Weaving to be undone…

Break the chains
And set yourself free,
In the heart there’s more
Than you’ll ever see.

domingo, 5 de junho de 2011

Estação sem Nome


Rosas escarlate
De pétalas aveludadas
E contornos suaves,
Exprimem mais
Do que palavras,
Traduzem mais
Do que emoções.
A seiva que te corre 
Nas veias sacia-me
A sede de ternura,
Na luz que desponta
Do teu verde olhar.
Afaga-me as madeixas
Rubras que cintilam,
Ondulando suavemente
Ao sabor da aragem...
Encanta-me com o teu
Sorriso de rosas e 
Sussurros doces
Que se enlaçam
Num fogo infinito.
O sol abraça-me neste
Entardecer dourado,
A quietude embala a espera
Enquanto a vida
Se prolonga numa
Estação sem nome.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Magnetismo



Enigma expresso no olhar,
Invade o peito a incerteza,
É tentadora a natureza
Que induz os sentidos a amar.

Os passos vacilam ao avançar,
Clama por mim uma doce tristeza,
Teus olhos são uma vela acesa
Sussurrando o meu nome sem cessar.

Indistinto da loucura, o que a ausência
Da tua companhia faz ao meu ser,
Confundindo o sentir e o querer.

O magnetismo ignora a advertência,
Do perigo que se esconde no prazer...
Não é a emoção, a razão de viver?