terça-feira, 12 de novembro de 2013

Momentos



O sol, distante, brilha no firmamento, mas não me aquece.

O azul gélido do céu arrefece-me a alma. Mesmo sem nuvens ou sinais de tempestade, sem oscilações ou mudanças, não obstante, assemelha-se a um deserto à espera de vida.

É um oceano imenso, o vazio que sinto no peito, e sei que só os teus braços, o teu corpo e os teus lábios o podem preencher. A falta do teu calor perturba-me.

Jaz um silêncio gigantesco em mim, sou todas as palavras que ficaram por dizer, todos os sorrisos apagados, todas as ausências distraídas, todos os suspiros que deambulam perdidos na aridez do degelo.

Na ampulheta que contemplo, os grão de areia deslizam em câmara lenta, e apercebo-me que não sou mais do que o reflexo das aspirações, dos desejos, uma miragem que criei dentro de mim, que se vai esfumando lentamente, como que um derreter arrastado que vai consumindo o viver.

Encontro-me alheia ao presente, sinto-me aqui, mas represento somente uma sósia transparente da essência que se precipitou em fuga apressada rumo a um esconderijo para além de qualquer fronteira, cujo maior receio é ser estilhaçada novamente em mil pedaços….

A realidade, essa, fica muito aquém da fantasia colorida que vive do outro lado do espelho. Na verdade, as cores debotaram há muito neste mundo efémero e fútil. Nada mudou, excepto a minha visão. A teia de ilusão, que inadvertidamente criei, desfez-se em ínfimas partículas que voaram ao sabor da aragem. As conchas vazias proliferam em redor, continuamente, numa estranha dança sem propósito.


Por vezes, não devíamos desejar ser mais do que momentos.



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segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Chamas



Os relógios pararam, uma, outra e outra vez, por segundos, minutos, horas, dias.... O tempo desapareceu, deixando de fazer sentido, eclipsou-se no agora, diluiu-se num estado alterado de consciência. Transformou-se em pensamento alienado, em modo de pausa.

Como se tivesse sido transportada para uma película antiga, deixei de ouvir, deixei de ver. Fico muda no meu despertar de fogo. Ardo. A minha redoma interior expandiu-se na realidade do momento, presenteia a liberdade numa anátema sagrada.

O burburinho distante silenciou-se, os holofotes deixaram o palco na escuridão e a noite apropriou-se de mim. Sou apenas sentir, mas um sentir completamente vivo, pleno, vibrante. Sou êxtase em partilha, de mãos dadas, em comunhão ardente. Somos.

A ilusão quebra o sonho, clama-me de volta ao mundo colorido e apático... Os relógio voltam a bater em sintonia, ordeiramente, e os dias sucedem-se, uma, outra e outra vez..... Numa azáfama rotineira que acorrenta a vontade ao destino num horizonte planeado. Com limites, com amarras, com planos.

Até eu irromper em chamas, novamente, no meu próximo sonho.



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sábado, 19 de outubro de 2013

terça-feira, 11 de junho de 2013

Brisa



Inspiro profundamente, sentindo a maresia
Aconchegar-me os sonhos…
De olhos cerrados, perco-me nas ondas
Que, incessantes, acariciam o areal
Em mil beijos ternos.

As gotículas salgadas entranham-se,
Libertam-se da servidão do tempo,
Apaziguam o fogo que teima em querer
Irromper do peito, incendiando
Tudo em redor.

Respiro-te, em cada centímetro
De pele que a brisa busca desnudar
Na sua eterna dança ardente,
Lançando-me num mar revolto de
Saudosas lembranças…

“Anda cá” – sussurras-me,

E abraço-te como se não houvesse amanhã.

sexta-feira, 31 de maio de 2013

.....



Para me sentir completa, não necessito de ser todo o teu mundo. Sou feliz apenas por me sentir parte dele.



sexta-feira, 10 de maio de 2013

Intermitências




Sigo com o olhar os passos irresolutos
Que se perdem no areal agora já frio
Passos pálidos sob a luz da Lua distante
Que me enlaça do seu trono celeste

Vontade de seguir aqueles passos
E de olhos toldados ser a doce cativa
Das intermitências da noite escura
Oscilando entre a luz e a escuridão
Que acolhe os sonhos ocultos

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Silêncio


O desejo de estar longe
Contemplando o oceano,
De permitir que a sua
Profundidade me invada,
Onda após onda,
Que se aposse de mim
Sem hiatos,
De inspirar a maresia
Numa paz inquieta
Que divaga entre marés
E silêncio...

Volto a mim desta ausência,
A um momento sem tempo,
Sem expetativas, sem termos,
Sem roteiros, sem perdas.
Volto à luz que se reflete
Profusamente no abraço
Que me acalenta na solidão.

Volto do sonho ao desejo,
Num círculo eterno.




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quarta-feira, 10 de abril de 2013

Heartbeat




Os fotogramas sucedem-se numa cadência vagarosa e pausada, conferindo uma aura sépia às imagens que, contrariadas, despertam da doce magia da madrugada. A noite foi longa, nebulosa, repleta de sonhos surreais e desejos prementes, espelhados nos olhos fixos no infinito, brilhando como tochas ardentes que se incendeiam ante os primeiros raios de sol da manhã. As gotas de orvalho aconchegaram-se, durante a noite, nas folhas das árvores, mas evaporam agora com o calor emanado pelo coração intempestivo que bate ininterrupto, oculto algures, no âmago da terra, entre as raízes do destino.

TUMTUM ... ... TUMTUM ... ... TUMTUM ... ... TUMTUM ... ...

O ritmo espaçado entranha-se irremediavelmente, ecoando pelos bosques, em mim, arrebatado pela aragem irrequieta faz estremecer o céu, alterando a rumo das nuvens esparsas que se espraiavam languidamente ao sabor da brisa, embelezando a aurora.

TUMTUM ... ... TUMTUM ... ... TUMTUM ... ... TUMTUM ... ...

Abraça-me, este compasso que se aninha em mim, cingindo toda a existência na sua dança eterna, subjugando a vontade e anulando a razão, que busca em vão reter esta onda poderosa que  tudo absorve em redor, num bailado singelo e apaixonado. Sente-se, o fragor que inunda e permeia, acalenta e arrepia, que completa e deixa o vazio, a cada ausência.

TUMTUM ... ... TUMTUM ... ... TUMTUM ... ... TUMTUM ... ...

O bater intervalado é agora a  melodia que me ferve nas veias insinuando-se como oásis de puro deleite, clamando por cada fibra do ser, conquistando cada momento solitário, revelando-se o véu misterioso que oculta o segredo dos ensejos.

TUMTUM ... ... TUMTUM ... ... TUMTUM ... ... TUMTUM ... ...

A noite tarda ainda, o reflexo encantador hipnotiza, a sede do toque agudiza-se.




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sábado, 30 de março de 2013

Pausa

A fugaz passagem do tempo
Saboreia-se numa pausa,
Num eterno recomeçar,
Na ternura do agora.

domingo, 17 de março de 2013

Face Oculta


A ponte permeia os mundos,
O rio une margens opostas
E nele mergulho, nos sonhos doces
Que despertam todas as noites
Quando a escuridão me seduz.

Não preciso que me recordem
Da luz que emana do core
Incandescente, que me conduz
Por entre a teia da vida, arte
Que perpassa ante mim.

Toco a face oculta do amor
Subjugada com a distância
Ausente do firmamento, prestes
A aquiescer ao desejo cru e
Inequívoco que ordena.

As cortinas púrpura do palco
Adejam languidamente,
Enquanto os holofotes renascem
Intermitentes, das trevas.
Eis-te, ao meu lado.

domingo, 10 de março de 2013

Silêncio...


Silêncio,
Por não inventar palavras
Que revelem a verdadeira
Dimensão da saudade….

Silêncio,
Que prossegue estático
Quando apesar do abraço
O espírito se sente incompleto…

Silêncio,
Quando o pensamento adeja
Num ápice vertiginoso
Desobedecendo-me cegamente…

Silêncio,
Que me acomete e subjuga
Sem solicitar consentimento
E se imortaliza no infinito…

Silêncio,
Essa afago melancólico
Que se detém no tempo
Ampliando o vazio…

Silêncio,
Meu oásis acolhedor
Que me sacia a vida
No meio da tormenta…

Sorrio neste silêncio,
Aguardando o devir.

terça-feira, 5 de março de 2013

Lírio



O lírio branco repousa no regaço ardente, alheio à intempérie que se adivinha ao longe. As mãos quentes acolhem-no numa adoração muda, enquanto olhos brilhantes o contemplam vibrantes de ternura e afeto.

Imagens surgem do nada, sucedem-se, reproduzindo histórias de um encontro pausado, lânguido, prenhe de sensações avassaladoras que ofuscam um presente já de si invulgar.

As mãos..... As mãos cujo toque é tão ténue e intenso que reverbera e se perpetua no âmago do coração enamorado...

O lírio, esse resplandece iluminando a noite do passado que ganha novos sonhos nas recordações do amanhã. Ele floresce a cada pensamento, exalando um aroma quente e subtil que se entranha na alma e alimenta a imaginação sem limites que o acolhe.

Lírio branco, pronto a receber as dádivas que sabe serem suas, numa entrega pura e sem reservas... A chuva alicia-o numa dança cativante,  fazendo ecoar pelos céus palavras doces, num sussurro perene.

O fogo consome, mas o gelo acicata o desejo. Assim eu te espero.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Somos

Voar sem bússola
À descoberta de novos
Portos do sentir
Numa conquista destemida...
Navegar sem destino
Saboreando as marés,
Aportar onde a
Corrente me libertar...
Naufragar no desejo
Que consome a alma
No culminar
Da tempestade
Que me enlaça...
Quebrar rotinas,
Fazer-te sentir
O calor que me
Queima o peito,
E eleva para
O desconhecido...
Suspiro em ti,
Respiras em mim,
Somos.

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Guardo-te

A lua chama por mim,
O céu não adormece
E eu deambulo na noite
Ao teu encontro.

Guardo-te no peito,
Onde pernoitas
Completando-me
Nesta noite fria.

Fecho os olhos,
Ainda saboreio
As tuas mãos macias
Na minha pele...

Abraço-me e
Ainda sinto o teu calor,
A tua chama intensa
No olhar doce,

A beleza da entrega
Espelhada no êxtase,
Partilhada num amor
Singular, sem cadeias.




domingo, 17 de fevereiro de 2013

Névoa



A vela solitária arde debilmente, projetando sombras nas paredes brancas  e nuas do quarto frio, e nos móveis sóbrios de ébano, que relembram épocas de outrora, quando a melancolia se achava dispersa e a saudade era apenas uma miragem.

Perpassa pela janela, a claridade pálida da lua, fazendo emanar dos escassos objetos que decoram a divisão, uma luminescência etérea... Como se não estivessem mais aqui, mas fossem apenas a memória abandonada de recordações tão intensas, que impregnaram o espaço e o tempo com a sua presença.

A tremeluzente chama da vela revela-se ineficaz.... Não lhe aquece o coração, não lhe ilumina o olhar, não diminui o frio que se apoderou da noite nem das cinzas esquecidas na lareira apagada..... As lágrimas do céu escorrem pelas vidraças, num bailado que preenche o silêncio e a aragem gélida penetra através de cada fissura, de cada espaço deixado vazio, de cada ausência.

Ela jaz, deitada no leito, inerte, de olhos fixos no nada que a rodeia, sem temor ou expetativas. Ao longe fazem-se ouvir os animais da floresta, vigilantes, companheiros fieis de longas vigílias. Ela sabe que não está sozinha. A névoa adensa-se no quarto, abraçando o vazio.

Neste vazio, ela é eterna.


sábado, 9 de fevereiro de 2013

Perfume


Beijos,
imensos, intensos...
Nesta noite
reverberas em mim
subtil e ininterruptamente,
despertando cada
lembrança de ti, em mim.....

O ar à minha volta
condensa-se, vibrando
em comunhão,
desfazendo o tempo,
obliterando a distância,
num magnetismo
de luxúria.....

Inspiro, respiro,
suspiro numa ânsia
que busca apenas
a metade ausente
da chama que
queima a alma,
da luz que reflete
o encontro puro,
desprovido de trevas
ou amarras...

Mergulho em mim
e encontro-te
num mar salgado
de suor quente
e loucura
espontânea,
intemporal, livre.

Uma vez saboreado
o encanto da rosa,
o seu perfume
fica impregnado
na pele despida,
jamais se esquece.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Livro Negro



No meu livro negro desabafo sonhos...

Nele se perdem as palavras, navegam anseios, nele escrevo o teu nome em cada página... Escrevo-o a tinta, a lágrimas, a sangue, com o suor da minha pele, escrevo-o e reescrevo-o enquanto for verdadeiro.

Nele alimento a minha fome de ti, com imagens de um filme a preto e branco, transparentes, sem artifícios ou manipulações... Imagens de um filme mudo, antigo, puras, onde os sentimentos são genuínos, os sorrisos vem da alma e a beleza interior ofusca o artifício.

Nele viajo além muralhas, nos grão de areia de um mar revolto de inspiração inflamada pela vida, no caos consentido de centelhas inquietas que o vento leva nos meus suspiros, no sal impresso na minha face pela dualidade ambígua que suspeito viver nas sombras.

No meu livro negro expressam-se as asas do desejo que transcende o efémero.

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Entardecer...



Neste entardecer dourado, a paz e o êxtase completam-se... Revelam-se em silêncios eloquentes e abraços plenos de significado...

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

sábado, 26 de janeiro de 2013

Bruma

Iluminas a minha noite
Quebrando todas as regras,
Libertas as sombras
Esmaecidas, levando a lua a
Ajoelhar-se, solitária,
Compondo doces melodias,
Erguendo castelos de sonhos
Agigantados pelo brilho
Desconcertante do momento...
Amanheces ao longe, envolto
Na bruma dispersa ao vento,
Atento e misterioso numa
Singularidade inesperada.
Navego ao largo,
Esperando que embarques
Aconchegado no calor da
Fogueira que me ofusca os sentidos
E lapida a vontade...
Partilho de um sono inquieto,
Acometido de visões estranhas
E ósculos sequiosos.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Entrega



Quebraste as correntes que me sustinham à superfície, que me impediam de aventurar no desconhecido, despedaçaste os grilhões que travavam o mergulho às profundezas do inconsciente e me refreavam de explorar o recôndito das tentações secretas.

Despi-me do morno, do banal, do padrão, deixando as portas abertas à magnitude da sensualidade, na ânsia de saborear a pele salgada que se enlaça numa entrega por inteiro, partilhando a plenitude num auge de luz incandescente que me algema à fantasia...

Sinto-me eclodir num despertar ambíguo, em que os corpos vibram e as almas se unem.

domingo, 20 de janeiro de 2013

Chama



Consumo-me numa chama ardente que se insinua, distraída, acariciando-me os sonhos nus com o seu véu transparente, pejado de mistério.

O crepúsculo abraça-me, numa dança voluptuosa, as gotas de chuva escorrem na pele provocando arrepios, enquanto te sinto à minha volta, fazendo o teu  riso ecoar no silêncio e o meu coração pulsar num compasso desenfreado...

A respiração entrecortada faz-se ouvir na noite, ofegante, livre, cuja memória se perpetua além do tempo e da vida, num amplexo pleno de desejo.


sábado, 19 de janeiro de 2013

Metrópole



O trânsito flui ordenadamente, nesta noite. As luzes e as estrelas iluminam a metrópole, que se prepara para nos acolher no seu abraço. O ar tépido que me envolve, lembra-me o calor das tuas mãos, o fogo no teu olhar, o riso inquieto que me alcança com astúcia, e me deslumbra com a sua beleza.

O luar segue-me, acompanha-me nesta viagem que se vislumbra, o teu semblante curioso, sedutor, indica timidamente o caminho, inspirando emoções intensas que se mantêm latentes, a aguardar o acelerar das pulsações e o culminar dos ternos beijos que pairam na imaginação dos deuses.

sábado, 12 de janeiro de 2013

Floresta



O céu cinzento, entristecido, incompleto, irradia uma luminosidade melancólica que se entranha.

Avanço através da floresta por um caminho sinuoso, pejado de árvores frondosas cuja sombra me abraça num prazer aconchegante. As salamandras acompanham-me na vigília através de pequenos sinais, indicando passagens secretas que desembocam em clareiras mágicas, momentos nos quais a plenitude invade a alma e a sintonia nos entrelaça.

O olhar mantem-se perdido no tempo, recordando palavras, ateando fogueiras, vogando pelos mistérios da floresta. As sensações ascendem, transcendendo o mundano, abandonando a realidade para mergulhar num frémito que se apodera, no infinito ao alcance do toque, no desejo que se manifesta.

A paisagem serena da clareira contrasta com a convulsão de emoções que nascem do encontro inesperado do destino. Repouso num leito verde de vida e o cabelo rubro cintila, criando notas iridiscentes no crepúsculo.

A floresta é agora o meu refúgio, nela me completo, nela me perco e encontro, nela me aprisiono à liberdade, sem receios.

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Sombras




Nas sombras, o tear confunde o destino.

A madrugada jaz adormecida no leito, enquanto o sonho busca a liberdade.

Sem amarras ou limites, sem destino ou fronteiras, somente a chama renascida do nada que foram cinzas, buscando a luz no outro lado do espelho…

Com o pensamento nas mãos e o destino ao sabor da brisa, sinto-me finalmente viva.



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sábado, 5 de janeiro de 2013

Tempo que se arrasta



Os segundos arrastam-se penosa e lentamente, como que indecisos, incertos do futuro, da decisão a tomar, do caminho a seguir...

 Podem avançar velozmente rumo ao próximo encontro, para a luz, qual raio de sol que aquece, faz vibrar os sentidos e anima o ser.... A cada dia que avança, o minuto do reencontro é aguardado com ânsia redobrada, a mente deambula, mas o coração pula até à estratosfera, como que admoestando , lembrando que há algo, alguém, cuja ausência se tornou dolorosa. Como que um vazio que sufoca, oprime e obriga pensamentos e emoções a convergir apenas numa direcção...

Porém, é doce o saborear a mais pequena lembrança dos sentimentos espelhados no olhar, transmitidos em contactos subtis de pele ardente e alma exaltada, num toque que se quer prolongar para além do tempo, que se impregna no âmago do ser... Os corpos aproximam-se instintivamente, sem que tomem verdadeira consciência do magnetismo que os atrai... Puros os instintos, complicada a mente.....

Os segundos arrastam-se, os relógios conspiram, a noite prolonga-se indefinidamente... Tento adormecer para que o tempo voe, mas o luar não te substitui...



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quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Máscaras

Fecho os olhos,
Embalada pela brisa
Que me aconchega,
Me abraça e aquece,
Me faz rodopiar
Num turbilhão cego
De emoções revoltas...
A melancolia suspira
Perdida no teu sorriso,
O inverno da alma
Contrasta com a euforia
Do desejo latente
Que clama liberdade...
Não te percas agora,
Não te afogues
Na banalidade
Que nos persegue...
Deixa cair as máscaras,
Revela-te por inteiro
Na pureza inconsequente
Que me cativa,
Saboreia o inesperado
E segue-me...




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quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Saudade

Sedenta,

                      Anseio


                                                    qUebrar


                                                                           paraDigmas,


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                           alvoraDas,


       Extase....