De olhos postos no firmamento
O sol brilhando por dentro
Inspiro os sons da alvorada
Suspensa no tudo que é nada.
Devaneio preenchendo o vazio
Com a ternura que desfio
Conta a conta, escondendo
o abraço do infinito tormento.
Sorris, com a lua no olhar,
Com alma que sabe a mar
E toque de quem se perdeu
No prazer que foi meu.
Acordo, liberta do prender
Na maresia do amanhecer
De mãos dadas ao destino
Que de ti fez meu peregrino.