terça-feira, 8 de julho de 2008

Inquietude



Os arrepios que me percorrem a pele deixam-me estática. O meu corpo grita de revolta, reagindo à indiferença que preenche o vazio dos meus dias.
Lá fora, a lua brilha no céu, acariciando as árvores e infundindo-lhes frescura, com a sua luz etérea. Eu abro a porta e fico a contemplar o céu estrelado, aguardando que um resquício de força da minha atormentada alma, consiga levar-me a dar em frente o passo que me falta.
A magia no ar envolve-me e eu invoco-a como se mais nada existisse no universo. Apenas eu e a Deusa... Sinto vibrar cada fibra do meu ser, o meu corpo clama por liberdade, a minha alma luta para se libertar da vida em que a aprisionei.
O luar inunda a paisagem, mas não me toca. Como se eu não existisse ou não estivesse preparada. Oh Deusa! Porque é que tudo tem de ser tão difícil?
O meu coração sangra de dor, encolhe-se retorcido e amachucado. Pulsa suavemente, à espera que o infundam de vida e alento, à espera que o verdadeiro AMOR, o faça novamente bater como se não houvesse amanhã.
Eu olho para a lua que me abraça, e desejo...... desejo..... A minha alma está oca e vazia, nada a preenche... O coração insatisfeito e inquieto não descansa. E eu olho para a lua e fico à espera........ À espera...... À espera de ganhar coragem para me libertar..... À espera que a vida volte a fazer sentido...... À espera de mim própria.....

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