terça-feira, 8 de julho de 2008

Insinuações

Imagino-te por entre as nuvens,
Vives por perto, insinuas-te,
Aguardo que realmente te aproximes,
Que na verdade me digas
Se só me queres enlouquecer, ou
Elevar-me a algo transcendente...
Elucida-me acerca dos teus desejos,
Quaisquer que sejam...
Vislumbro-te... Inebrias-me...
Esqueço-me de tudo o resto...
Afagas-me com o teu olhar
Repleto de enigmas e mistérios,
Irradias sedução e rodeias-me
Erguendo algo invisível...
Brincas com as brasas
De uma fogueira que pode degenerar em
Vivo incêndio, e depois? Quem o apaga?
Ornamenta-se o altar, adensa-se e
Ganha forma a imensidão do vazio.
Ascendo a outro nível, flutuo acima
De um mundo que pouco ou nada me diz,
Inebrio-me num mundo de sensações...
Éden ou Hades, onde irás levar-me?
Rios de dor perpassam a minha alma...
Emerge, anda, flutua, voa, mas vem...



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